Um novo estudo indica que cachorros podem ajudar na luta contra covid-19. No experimento, cientistas completaram a primeira fase de um teste que examina se, sob condições controladas, os cachorros conseguem farejar casos do novo coronavírus. A pesquisa, publicada neste domingo (23), é fruto de uma colaboração da Escola de Londres de Higiene e Medicina Tropical, Universidade de Dunham e do grupo Medical Detection Dogs (Cachorros de Detecção Médica, em tradução livre). As informações são da CNN.
Seis cachorros participaram do estudo, com idades de quatro a seis anos. O grupo incluía as raças labrador, golden retriever e cocker spaniel. Os pesquisadores disseram que os cães conseguiram identificar o cheiro da covid-19 após seis a oito semanas de treinamento. Os resultados preliminares fazem parte de um estudo pre-print —o que significa que o trabalho ainda não foi revisado por pares ou publicado numa revista médica.
Na primeira fase de testes, os cachorros receberam a tarefa de identificar a covid-19 em amostras de roupas e máscaras. Os pesquisadores examinaram se os animais conseguiam distinguir entre as amostras positivas e negativas para o novo coronavírus. “Os resultados são muito animadores”, disse James Logan, um dos líderes do projeto.
Os cães mostraram uma taxa de sensibilidade de cerca de 82% a 94% na detecção de Covid-19. Análises químicas da infecção mostraram um odor distinto associado à doença. Os pesquisadores estão tentando identificar quais são os químicos associados a ele.
“Os cachorros conseguiram detectar a Covid com velocidade e precisão incríveis. Mesmo se a pessoa era assintomática”, disse Logan. A taxa de especificidade, que mediu a capacidade dos cachorros indicarem se alguém tinha ou não Covid-19, foi de 76% a 92%.
Os autores do estudo dizem que um teste do tipo PCR ainda é o padrão ouro para detectar a doença, mas que os cachorros podem oferecer uma maneira mais rápida e fácil para verificar a presença do vírus em áreas de muito tráfego. Os cachorros também podem dissuadir as pessoas de irem para espaços de alto contato enquanto estão infectadas.
“A outra coisa sobre os cachorros é que eles seriam como um impedimento visual, então se as pessoas soubessem que os cachorros estariam patrulhando o aeroporto, é provável que elas pensassem duas vezes sobre viajar enquanto estão com a doença”, disse Logan.
Por: Redação BNews