O senador Jaques Wagner (PT), ao reafirmar seu nome como pré-candidato ao governo da Bahia em 2022, reconheceu a possibilidade de desgaste da imagem do PT após 15 anos no Palácio de Ondina, contudo, minimizou ao foto sob a perspectiva de que o assunto será predominante na disputa em outubro do ano que vem. Também analisa ser “coisa antiga” a figura do seu pretenso adversário, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM).
“Sempre tem esse risco [desgaste], e nosso adversário vai querer usar isso o tempo todo. Mas, repare, o grupo que governava antes do PT era o samba de uma nota só, quem mandava era o governador, quem é que tinha opinião no grupo?”, declarou em entrevista publicada no Valor nesta segunda-feira (24).
“Ele [o ex-prefeito de Salvador ACM Neto] representa uma coisa antiga, independentemente da idade, porque o estilo de fazer política dele não é diferente do que o DEM, ou o PFL, sempre fizeram na Bahia. É impositivo, restritivo, só sobrevive quem ele quer. Basta ver os últimos episódios, a eleição para a presidência da Câmara, ele não está tão bem nem no partido dele. O DEM está minguando, e ele é o presidente do DEM, qual é a obra que ele está entregando? A redução do partido? [Depois da derrota para Arthur Lira, Rodrigo Maia e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciaram a saída do DEM e a filiação ao PSD]”, disse ao ser questionado sobre o maior legado petista na Bahia e afirmar ser a forma da fazer política.
Sobre a alta avaliação de ACM Neto frente a prefeitura da Capital e a eleição de Bruno Reis (DEM) para o mesmo cargo, Wagner avalia que houve erro do grupo petista. “Claro, mas isso era previsto, ele tinha uma boa avaliação e a gente deixou pra lançar uma candidatura muito tarde. Teve acerto do lado dele, e erro do nosso lado”.
Por: Redação BNews