A manhã desta quarta-feira (16) começou com a Polícia Federal cumprindo 32 mandados de busca e 24 de prisão preventiva nos municípios de Filadélfia, localizado ao norte da Bahia, e Tabira, em Pernambuco. Segundo apuração do Portal G1, a ação é contra uma quadrilha especializada em criar pessoas fictícias para obtenção indevida de Benefícios de Prestação Continuada (BPC) da Previdência Social, INSS.
A investigação da Operação Errantes, identificou 420 benefícios fraudulentos que geraram um prejuízo de cerca de R$ 60 milhões, em valores já sacados, ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
De acordo com a PF, estima-se que a operação de hoje evitou um prejuízo de aproximadamente R$ 100 milhões aos cofres da previdência, levando-se em conta os valores que continuariam sendo pagos aos beneficiários fictícios, O BPC é um benefício no valor de um salário mínimo, pago pelo INSS a pessoas com mais de 65 anos e/ou portadoras de deficiência.
Desde as primeiras horas da manhã, mais de 150 policiais federais, incluindo integrantes do Comando de Operações Táticas (COT) e do Comando de Aviação (CAV) da PF, com o auxílio do Núcleo de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (NUINT), cumprem os mandados da Operação Errantes.
A quadrilha cometia as fraudes de diferentes formas, entre elas convencendo idosos a solicitar o benefício com a promessa de ajuda-los a ter êxito no processo junto ao órgão federal. O grupo também fornecia documentos falsos para esses idosos e faziam instrução de processos administrativos de concessão dos benefícios, além da orientação para que os aliciados comparecessem nos bancos para efetuar os saques.
Durantes as investigações, foi constatado, por exemplo, que uma idosa, integrante da organização criminosa utilizou 31 documentos falsos de identidade para receber 31 Benefícios de Prestação Continuada.
O dinheiro conseguido através das fraudes foi “lavado” de diversas formas. De acordo com a PF eles usavam os valores roubados com agiotagem, movimentação em contas bancárias de terceiros, aquisição de bens em nome de “laranjas” e uso em atividades econômicas, como agronegócio, aluguel, venda e permuta de bens móveis e imóveis.
Os integrantes da quadrilha estão sendo investigados por suposta prática dos crimes de estelionato majorado, uso de documento falso, falsidade ideológica, “agiotagem” e lavagem de capitais. Se forem condenados, podem pegar até 28 anos de prisão.
Fonte: BNEWS