EUA atacam Irã, que revida contra Israel: as últimas horas da guerra

Após mais de uma semana de conflito entre Israel e Irã, os EUA atacaram ontem instalações nucleares iranianas e entraram oficialmente na guerra. Em retaliação, Teerã lançou hoje uma nova onda de mísseis em direção ao território israelense, que deixou pelo menos 86 pessoas feridas. Veja tudo o que aconteceu nas últimas horas.
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Ataque dos EUA ao Irã
O governo americano realizou ataques contra as instalações de enriquecimento de urânio de Fordow, Natanz e Ishafan. “Todos os aviões estão agora fora do espaço aéreo do Irã. Uma carga completa de bombas foi lançada no local principal, Fordow. Todos os aviões estão a caminho de casa em segurança”, anunciou ontem pelas redes sociais.

Imagem de satélite mostra região de Fordow, no Irã, depois de bombardeio dos EUA à instalação nuclear subterrânea

Imagem de satélite mostra região de Fordow, no Irã, depois de bombardeio dos EUA à instalação nuclear subterrânea
Imagem: 22.jun.2025-Maxar Technologies/Handout via Reuters

 

Até agora, Trump vinha insistindo que atuaria apenas na defesa de Israel. Ele havia dito que decidiria em duas semanas se iria se envolver nos ataques. O anúncio dos ataques, portanto, pegou diplomatas e grupos políticos de surpresa.

Os democratas imediatamente alertaram que o republicano havia entrado em guerra sem a aprovação do Congresso americano.

Secretário alegou que EUA não buscam guerra

O secretário de Defesa, Pete Hegseth, disse que o país não procura guerra, mas agirá em caso de ameaça. Em entrevista coletiva hoje, ele afirmou que a operação mirou somente as instalações nucleares do Irã, que teriam sido “completamente devastadas”, e não os soldados ou o povo do país persa.

Com isso, Trump ignora promessa de campanha e aposta em uma escalada militar global. O republicano usou como bandeira durante a corrida eleitoral em 2024 que não envolveria os EUA em novos conflitos e insistiu que, no poder, anunciaria “imediatamente” acordos de paz em Gaza e na Ucrânia. Cinco meses depois, nenhum acordo foi obtido e, agora, uma nova frente de batalha foi lançada.

Netanyahu agradeceu os EUA pela ação.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, elogiou Trump e disse que ataque dos EUA “mudará a história”. Segundo ele, os americanos ”fizeram o que nenhum outro país do mundo poderia ter feito para impedir o regime mais perigoso do mundo”, em clara referência ao Irã.

 

Fonte: UOL/Imagem: Ronen Zvulun