Sobrinho que matou e arrancou o coração da tia deixa Mato Grosso e virá para cidade próxima a São Paulo

História de Victória Bravo

Lumar Costa da Silva, de 34 anos, que matou, arrancou o coração da própria tia, fugiu com o órgão em uma sacola e entregou para filha da vítima, será solto.

O crime ocorreu em julho de 2019 e comoveu o país. A decisão da Justiça chegou a ser criticada pela primeira-dama do Mato Grosso, Virgínia Mendes, se manifestou nas redes sociais.

“Com profunda indignação e perplexidade recebo a notícia da liberação de um homem que cometeu um crime brutal e chocante, que ainda dói na memória de todos nós. Essa decisão assusta, abala a confiança da sociedade nas instituições e escancara o quanto ainda precisamos lutar por leis mais firmes e pela proteção da vida”, declarou nas redes sociais.

Uma decisão proferida no último dia 18, afirma que a condição clínica atual do paciente permite o manejo adequado no âmbito do tratamento ambulatorial intensivo. O que significa que em liberdade, Lumar deve comparecer mensalmente ao Caps, não se ausentar sem prévia autorização do juiz, não frequentar lugares inapropriados e está proibido de ingerir bebidas alcoólica ou fazer uso de qualquer tipo de drogas.

A decisão judicial reconhece que o réu segue com o diagnóstico de transtorno mental crônico e que ainda pode ser um perigo, mas os relatórios médicos e psiquiátricos mais recentes apostam que com a manutenção de um tratamento rigoroso, é possível garantir o controle de sua condição.

Então após quase seis anos internado, Lumar deixará o Centro Integrado de Atenção Psicossocial à Saúde Adauto Botelho (CIAPS), em Cuiabá, e passará a cumprir medida de segurança no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) de Campinas, no estado de São Paulo.

O pai de Lumar, que é médico, será seu curador legal e responsável. No fim do ano, ele deverá passar por nova perícia psiquiátrica para avaliar a possível cessação de periculosidade.

O crime que chocou o Brasil

Maria Zelia foi assassinada pelo sobrinho a golpes de faca e ainda teve o coração arrancado do peito, que foi transportado em uma sacola e entregue para sua filha. Lumar e estava hospedado na casa da vítima, que descobriu que ele era usuário de drogas e pediu para que ele deixasse a residência.

Na época, ele relatou ter feito uso de drogas e afirmado que ouvia vozes que o incitavam a cometer o crime. Após ser preso, foi inicialmente encaminhado ao presídio de Sinop, a 420 km de Cuiabá, mas acabou transferido para uma unidade de internação psiquiátrica, pois foi constatado um transtorno mental grave.

FOTO :MWN Brasil

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