Em julho de 2024, a capital paulista registrou 2639 ocorrências e em 2025, subiu para 3359 casos, o que representa uma elevação de 27,3% nos acidentes com mortes causados por escorpiões.
A ferramenta da empresa Afya, o Radar Whitebook, que utiliza inteligência artificial para identificar possíveis surtos de saúde, registrou que no último setembro, a procura de informações sobre picadas de escorpião em relação aos meses de julho e agosto, atingiram um aumento de 300%.
Dayanna Palmer, especialista médica da Afya, ressaltou que é bem importante aumentar os cuidados em áreas de maior risco de surgimento e presença dos escorpiões, como terrenos baldios, pilhas de entulho e madeira acumulada. Palmer alertou também que as regiões mais visadas pelos animais são dedos, mãos e pés.
“A atenção deve ser ainda maior com crianças e idosos, considerados mais vulneráveis aos efeitos do veneno. Em caso de picada de escorpião, a orientação é procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo, evitando medidas caseiras, já que o atendimento rápido faz toda a diferença”.
Toda pessoa pode ser afetada com os problemas das picadas. Mas, o perigo é maior em crianças, pois o veneno age de forma mais intensa e muitas vezes elas não conseguem descrever as picadas, o que atrasa o diagnóstico, atendimento e pode até ser fatal.
Veja sinais para atendimento imediato:
- agitação e irritabilidade;
- aumento da salivação;
- tremores e espasmos musculares;
- taquicardia (coração acelerado);
- dificuldade para respirar.
A picada de escorpião gera dor intensa e localizada, com a área podendo ficar vermelha e inchada. O quadro é diferente de picadas de insetos como mosquitos ou formigas. Confira as dicas indicadas por Palmer em caso de picada de escorpião.
- lave cuidadosamente o local da picada com água e sabão;
- mantenha o local em observação e o membro atingido em repouso, se possível evitando movimentá-lo muito;
- ir rapidamente ao pronto-atendimento ou emergência, para avaliação médica, especialmente se for criança ou se surgirem sintomas além da dor local;
- no atendimento médico será feito a classificação da gravidade (leve, moderado ou grave) para orientar o tratamento adequado.
É bem importante não automedicar, não fazer torniquete, não sugar o local da picada e nem aplicar pomadas, álcool, óleo ou qualquer outro produto caseiro.
Fonte:Bnews
Hjalmar Turesson/Wikimedia Commons