Bacelar reforça Podemos na base de Rui: ‘Posições de vereadores de SSA são individuais’

Mesmo após os vereadores Sidninho e Emerson Penalva formalizarem apoio ao prefeito Bruno Reis (DEM), o presidente estadual do Podemos, deputado federal Bacelar, garantiu que a sigla permanece na base do governador Rui Costa. Segundo ele, não há “o que discutir” sobre esse assunto. Ele ainda negou que o partido esteja, de maneira pontual, tentando viabilizar espaços no governo estadual. 

“Eu tenho, reiteradas vezes, dito que nós fazemos parte da base e isso não tem o que se discutir. É do conhecimento de todo o partido e das lideranças do interior. As posições adotadas pelos vereadores de Salvador são individuais e pessoais. É pessoal. Mas o partido integra a base do governador Rui Costa. É uma declaração individual. O partido encara que é o governo melhor avaliado no Brasil. Solidário. Aprovado”, enfatiza o deputado. 

Sobre a disposição para crescer na gestão, Bacelar ponderou, afirmando que “todo partido quer aumentar o espaço” e o Podemos “tem quadros e vontade de ter uma participação maior”. 

“Não temos tido negociações nenhuma. O governador ficou focado na AL-BA”, endossou Bacelar. 

Em conversa com o Bahia Notícias, o parlamentar também comentou as tensões em torno da definição do comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara dos Deputados, para a qual lançou uma candidatura avulsa.  Há um impasse estabelecido na Casa, que surgiu após o PSL indicar a deputada Bia Kicis para o comando. A escolha não agradou. 

O poder de indicação para as comissões está diretamente associado ao tamanho das bancadas e blocos parlamentares. Neste caso, o Podemos ocupa a 12ª posição em termo de tamanho de bancada, sendo afetado pelo critério proporcionalidade. 

“A escolha das comissões se dá pelo tamanho das bancadas. O candidato tem que sair de dentro de determinado partido. Se a escolha cair em pessoas da extrema direita, aí enfrentarei de forma avulsa. E lancei nesse momento como contraponto. A comissão mais importante da Câmara não pode cair na mão dos extremos. 

Principalmente de uma candidata que questiona o STF. Uma candidata que está envolvida em fake News, misógina, homofobia. A comissão é de Justiça e Cidadania. Nesse sentido, lancei a candidatura e tem recebido apoio significativo. As redes sociais tem me incentivado. Na verdade é uma candidatura para marcar posição e de protesto”.

por Mauricio Leiro / Mari Leal