A despeito dos deputados de oposição na Bahia, o vereador bolsonarista Alexandre Aleluia (DEM) fez críticas a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e acusou a denúncia do deputado federal Luís Miranda (DEM) sobre o contrato suspeito com a Covaxin de “caluniosa”.
Aleluia repetiu a tese que o senador Marcos Rogério (DEM-RO) tentou emplacar na sessão desta quinta-feira (25). Segundo os aliados do presidente, não houve irregularidade uma vez que os contratos foram consertados na terceira via enviada à pasta, ignorando que só foram alteradas as condições após a denúncia feita pelo deputado e o seu irmão, Luís Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde, ao presidente Jair Bolsonaro.
“Maior prova de que essa CPI é um circo. O Deputado foi atrás dos seus últimos 15 minutos de fama. Não teve compra, o próprio documento foi consertado como confessou o servidor e, também confessado, não existiu pressão para compra da vacina. Só vi denunciação caluniosa de um youtuber que está como deputado”, disse o vereador.
Luís Ricardo procurou o irmão deputado para comunicar que sofria pressão de superiores para acelerar a documentação para aquisição da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19, com intermédio da empresa Precisa Medicamentos, que tem histórico de processos por improbidade administrativa e calote no próprio ministério.
Ele confirmou a informação em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), que investiga o contrato, e nas mensagens exibidas na sessão da CPI trocadas com o seu irmão.
Do outro lado, a oposição acredita que as revelações feitas na CPI enfraquecem o governo Bolsonaro. O deputado, inclusive, diz que o presidente sabia que o líder do governo, Ricardo Barros (PP), estava por trás da negociação da Covaxin.
“Ainda faltam vacinas no Brasil. E estupefatos, ficamos sabemos em reunião da CPI-Covid, que houve a tentativa de uma compra superfaturada de uma vacina não liberada no Brasil? E que o Presidente soube disso no dia 20 de março?? É demais!Bolsonaro PRECISA cair!”, escreveu a deputada federal do PCdoB, Alice Portugal.
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Fonte BNews