A programação do Julho das Pretas: Apagamento e Invisibilidade Nunca Mais chega às Comunidades Quilombolas de Alagoinhas, começando por Catuzinho, nesta segunda-feira (18). O objetivo é ampliar o alcance da campanha, que difunde informações e serviços ofertados para as mulheres do município, principalmente para as que são negras, vítimas históricas do sexismo, do machismo e das desigualdades sociais.
Durante o encontro promovido pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS), que aconteceu na Associação de Moradores de Catuzinho, além da divulgação da Rede de Atendimento à Mulher, um debate importante, que coloca a mulher negra como protagonista de sua própria história, foi realizado. Estiveram presentes Camila Pereira, da Procuradoria Especial da Mulher; Luciana Labidel, vice-presidente do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos das Mulher; Leandro Santos, Coordenador de Políticas Raciais da SEMAS; Luciana Mendes – Coordenadora da Diversidade Social da SEMAS; e Jamile Oliveira, Coordenadora de Políticas de Proteção à Mulher da SEMAS.
De acordo com Jamile Oliveira, na zona rural a desigualdade social é mais intensa e o acesso às políticas sociais e à informação é menor. “Por isso investimos em campanhas que se dirigem às mulheres que vivem nessas localidades. A informação é um direito que deve chegar a todas e esse conhecimento emancipa, resgata e salva vidas”.
Na ocasião, foram distribuídos informativos com dados da Rede de Proteção à Mulher, Estatuto da Igualmente Racial e folders de combate ao preconceito e à desigualdade racial.
O Julho das Pretas faz referência ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, e também ao Dia Nacional de Teresa de Benguela e da Mulher Negra, celebrados em 25 de Julho.
Durante todo o mês, a SEMAS realiza atividades, com uma agenda construída em parceria com o Conselho de Mulheres e o Conselho do Desenvolvimento da Comunidade Negra e Afrodescendente de Alagoinhas.
Mostra Tereza Vive
No dia dia 27 de Julho, às 8h30, acontece no Centro Integrado de Assistência Social (CIA) a Mostra Tereza Vive, em homenagem à líder do quilombo Quariterê, no Mato Grosso, que uniu negros, brancos e indígenas para defender o território. Teresa de Benguela foi responsável pela implantação de novos modelos de desenvolvimento no quilombo, como o uso do ferro na agricultura, e era considerada uma rainha, pelo seu poder de liderança.
Confira a continuidade da programação do Julho das Pretas nas Comunidades Quilombolas:
19/07 – Oiteiro, 13h30
20/07 – Cangula, 8h
20/07 – Buri, 13h30
Fotos: Divulgação SEMAS