‘Falar que hidroxicloroquina e ivermectina matam é falácia’, afirma presidente do Conselho Federal de Medicina

PorRaul Holderf Nascimento

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Ribeiro, afirmou que não é verdade a afirmação segundo a qual o tratamento precoce contra a covid-19 é ineficaz.

A declaração foi concedida nesta quinta-feira 25, durante o programa Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan.

Segundo o presidente do CFM, ‘certos assuntos’ estão sendo impedidos.

“Infelizmente, certos assuntos foram proibidos. Essa história de que está estabelecido na literatura que o tratamento precoce não tem efeito na fase inicial é mentira”, declarou.

Ao ampliar o assunto sobre o tratamento precoce, que tem sido constantemente atacado pela imprensa, mas defendido por milhares de médicos no país, Ribeiro disse que há, sim, trabalhos que apontam benefícios do tratamento precoce na fase inicial.

“Há trabalhos que mostram os benefícios [da terapêutica] na fase inicial, e outros, não. Essa é a realidade. Temos a relação dos trabalhos”, acrescentou o especialista.

De acordo com ele, apesar do surto da Covid-19 ter se espalhado no mundo há mais de 1 ano, ainda há muitas dúvidas sobre a doença.

Ribeiro teceu fortes críticas, inclusive, ao documento da Associação Médica Brasileira, que se posicionou contra a utilização de remédios no enfrentamento ao coronavírus.

“Quem tem atribuição legal de modo a definir o que pode ou não ser utilizado é o CFM”, disparou.

O presidente do Conselho Federal de Medicina fez questão de defender e reforçar a autonomia dos profissionais de saúde:

“Qual foi a nossa postura sobre o tratamento precoce? Deixar o médico definir o que é melhor para o paciente dele”, sustentou ele, frisando que “o CFM não incentiva o tratamento precoce ou o condena, tampouco bane”.

Por fim, Mauro Ribeiro desmentiu a narrativa adotada por grande parte dos veículos de comunicação do país, que insiste em associar mortes em torno da Covid-19 ao uso do tratamento precoce.

“Falar que a hidroxicloroquina e a ivermectina matam é falácia. Quem quer fazer o tratamento precoce, que faça. Quem não quiser, não faça”, declarou.